Ajudem a escolher um nome para a historia

Prólogo

Bem-vindos à essa dimensão. Vocês que vêm de outra não devem entender bem como as coisas funcionam por aqui, então explicarei o básico. Antes de mais nada, vou me apresentar: meu nome é Kenshiro. Eu não tenho sobrenome, pois meu pai abandonou a própria família para se casar com minha mãe e foi deserdado. Minha mãe nunca teve um sobrenome, ela mesmo se deu o próprio nome, mas deixando minha família de lado... Neste mundo há o Conselho Supremo dos Reinos, o C.S.R., ele mantêm a paz dentro do continente, onde existem vários reinos e impérios. Estes podem ter suas leis desde que não interfiram nos limites de outras cidades. Por exemplo, existem cidades onde matar é permitido e cidades onde cuspir no chão é pena de morte. Além disso, existem as guildas de mercenários, que não servem à cidade nenhuma e fazem o trabalho que quiserem, normalmente em troca de dinheiro. Cada uma delas tem suas próprias regras, são como grandes exércitos particulares. Não posso deixar de falar do Conselho de Magia: os magos mais poderosos de todo o Mundo vão até a academia do Conselho Mágico para aprender os segredos das magias, no entanto, poucos se formam. Falando em magia, claro que não posso deixar de falar do Centro Tecnológico, onde os alquimistas, magos que interpretam a magia como uma ciência, tanto em suas pesquisas como em batalha, veem a magia dentro de uma tabela periódica avaliando cada uma de suas reações e origens. Existe uma cidade só para as guildas se reunirem, onde nem mesmo o C.S.R. entra. As guildas são normalmente perseguidas pelo C.S.R. quando suas ações em uma cidade vão contra as leis da mesma. Dizem que uma guerra entre qualquer uma dessas quatro forças (C.S.R., as guildas de mercenários, o Conselho de Magia e o Centro Tecnológico) poderia destruir tudo o que conhecemos, então eles se entendem dentro do possível.
E eu? Moro por aqui, numa pacata cidade de interior chamada Aquários.



Capítulo I
O Dragão, a Princesa e o Cavaleiro


Minha família inteira se resume ao meu pai, que era muito brincalhão, à minha mãe, que estava sempre sorrindo (acredite: não era uma boa tirar o sorriso dela), e meus três irmãos mais velhos: Hina, Loki e Otsu. Dos quatro, eu era o único que ainda morava na casa dos meus pais. A Hina sempre vinha nos visitar, o Loki vinha de ano em ano e o Otsu eu não conheci.
Um dia, quando voltei da aula, cheguei em casa e não havia mais porta. Tudo permaneceu em silêncio. Deparei-me com os corpos dos meus pais no chão e, ao lado, uma imagem desenhada. Foi a última coisa que eu lembro antes de estar num quarto de hospital. Quando voltei para casa, a encontrei com porta. Abri e vi minha irmã, Hina, que quando me viu, me abraçou.
Bom, na minha casa havia uma sala, que meu pai dizia pra NUNCA entrar, bem... Eu sempre quis saber o que havia ali. Quando ele morreu, eu me considerei com permissão para entrar, já que agora era o dono da casa. Lógico que não foi uma atitude imatura de uma criança curiosa, eu apenas necessitava saber o que havia dentro da minha própria casa. Foi uma grande decepção descobrir que era apenas uma grande biblioteca, com a maioria dos livros queimados. Foi então que, vendo as cinzas espalhadas na biblioteca, encontrei um livro com um dragão desenhado na capa, e aquela história “nunca julgue um livro pela capa” não funciona comigo.
Peguei o livro e comecei a ler (sim, LER, eu também estranhei quando pensei sobre isso). A história contava sobre uma princesa, mais bela que a própria lua. Após ter sido rejeitado pela princesa, um bruxo poderoso a aprisionou em uma torre e colocou em sua guarda um gigantesco e poderoso dragão. O problema é que não tinha final, as páginas ficavam em branco depois de uma parte. A última frase transcrita era: “A princesa fica a espera de seu guardião voltar e salvá-la de seu cativeiro...”.
Meu pai dizia que as histórias não surgem só da imaginação, são relatos antigos de tempos esquecidos. Nunca acreditei muito nele, estava sempre rindo e brincando. Na noite que acabei de ler o livro, quando dormi, tive um sonho muito estranho: a princesa do livro estava lá, ela realmente era linda. Conversamos um pouco, ela pareceu feliz por falar com alguém. Logo acordei e não dei muita importância ao sonho, passei a sonhar com ela várias noites seguidas, parecia ser um sinal. As conversas com ela faziam a essência dela parecer cada vez mais real. Então resolvi sair para procurar a torre e peguei uma espada que encontrei na biblioteca. Não que eu tenha me esquecido de olhar antes, mas só achei após terminar o livro, nem que eu tenha me entretido com a história, nem nada. Quando eu estava saindo de casa, encontrei com minha irmã. Ela me deu uma surra e uma bronca por eu ter entrado na biblioteca, depois disse que eu precisava treinar muito, pois ainda era um menino fraco pra tentar viajar sozinho, então mandou que eu saísse pelo mundo. Sim, ela cai fácil em contradição, mas não é bom discutir com ela e como já estava saindo mesmo...
Durante minha viagem, reparei que a espada era mágica, pois brilhava e mudava de tamanho. Graças a isso, venci todas as minhas batalhas. Até hoje, quando o livro sai voando da minha mão e passando todas as páginas, para na primeira página em branco. Um portal se abre, vou sendo sugado para dentro dele. No outro lado, me deparo com uma linda paisagem, uma planície, com um único defeito: um dragão verde com quase cem metros olhando diretamente para mim. Acredite: isso é um grande defeito numa planície. Saco minha espada, a espada brilha e fica imensa. Pulo em direção do dragão, o que é um grande erro, pois quando vejo, ele cospe uma enorme bola de fogo. Tento me defender com a espada, o brilho dela me cobre e eu não vejo mais nada. Sou arremessado com muita força no chão.
-Ai! Mas que merda! Eu mal aguento levantar depois de um ataque, fica difícil de ganhar.
O dragão me procura quando a poeira dissipa. Começa a nevar apenas em mim. A presença da princesa está próxima de mim como nunca esteve, cada floco de neve que encosta em mim faz com que minhas feridas se curem e minha vitalidade aumente. Ouço a voz da princesa em minha cabeça:
-Cavaleiro, use essa energia para salvar sua vida. Não tente vencer o dragão, ele é muito poderoso.
-NÃO VOU FUGIR! Não agora, nunca cheguei tão perto de algo que eu quisesse tanto quanto te salvar, não posso recuar!
Levanto com minha espada ainda brilhando e vou ao encontro do dragão. Este recua a cabeça e lança uma rajada de vento com sua cauda fazendo que eu voe. Logo em seguida, ele me atinge com uma bola de fogo maior que a primeira. Defendi-me com minha espada, mas não adianta muito, pois a bola de fogo explode me lançando longe. Minha última visão é: a imensa torre onde minha princesa deveria estar aprisionada. Desmaio.



Capítulo II
A quase morte, o quase mago e a dupla quase infalível


Moriko Tsukiko:
Sabe aquelas pessoas que, definitivamente, não têm sorte no amor? Que não têm o menor prestígio da sociedade? Que é sempre discriminado pelos próprios pais (e amigos)? É, eu tenho um problema. Eu sou Tsukiko e meu melhor amigo saiu pelo mundo em uma viagem. Eu queria ir com ele, mas como queria treinar magia desde pequeno, juntei um dinheiro para me inscrever numa escola de magos. Lá, eu não ia ter que ouvir o quanto sou inútil ou que faço tudo errado (foi o que eu pensei). Depois de um ano no curso, tomei uma decisão que mudaria minha vida e salvaria outra... Salvaria outra vida porque esta decisão fez com que, no caminho, eu me encontrasse com alguém que realmente precisava da minha ajuda.
Estava eu fugindo da escola de magia... Aquilo definitivamente não era pra mim: horas de meditação, acordar às seis horas da MADRUGADA! VOCÊ SABE O QUE É ISSO? Eu acordo onze e já acho cedo, não às seis, que merda é essa? E tem aula domingo! Bom, eu tive meus motivos, continuando... Quando vejo um corpo jogado mais à frente. Ao chegar até ele tenho uma surpresa ao encontrar meu velho amigo Kenshiro!
-... - Fiquei paralisado, ele deveria estar brincando comigo, deve ter me visto de longe e se jogou no caminho. Devia pular me dando um susto e um chute quando eu me aproximasse muito. Então cutuco-o com o cabo da minha foice.
-Você tá bem...? Vivo...? Ken...? Retardado, idiota, mongol, inútil...?! É, ele tá mesmo inconsciente.
Pego-o e o coloco junto à bagagem do meu lagarto gigante... Ou dragão anão sem asas, como preferir chamar (Eu chamo de Desiel). Levo-o até minha casa e faço os primeiros socorros. Passa-se um dia.


Kenshiro:

Abro meus olhos com minha visão ainda embaçada e vejo a imagem distorcida de alguém na minha frente, ouço uma voz dizendo:
-Bom dia, Bela Adormecida!
Era uma voz tão familiar que soco em sua direção com o pouco de força que me resta, mas a dor em meu braço é grande.
-Ai, ai, ai!
-Calma. Depois você me bate, se recupera primeiro.
Com um sorriso no rosto, digo:
-Seu maldito, onde você me achou?
-Na estrada... No meio dela na verdade, levou uma surra foi?
Olho para a cara de deboche dele e sinto vontade de socá-lo novamente, mas lembro que meu braço ainda dói.
-Idiota...
-Eu sei que você também tava com saudade! – Tsukiko está com um riso debochado.
-Eu mereço... – Minha voz soa com desprezo.
Passamos a tarde conversando sobre as minhas viagens e a luta com o dragão. Após terminar a história, há um minuto de silêncio.
-Minha espada está destruída...
Empunho o cabo da espada com sua lâmina quebrada pela metade. Tsukiko olha para ela com uma cara estranha e diz:
-Espera! - Os olhos dele mudam, está sério com uma expressão meio surpresa, como se dissesse algo do tipo “o que isso faz aqui?”.
-Me deixa ver essa espada.
Ele pega o que restou da espada e depois de um tempo pensando olha atentamente o cabo. Depois corre, começa a mexer nos cadernos, dentro da mochila, e pega uma anotação para ler:
-“As sete armas da virtude: sabedoria, verdade, lealdade, determinação, esperança, bondade e justiça tornam-se oito ao serem reunidas no local do seu nascimento. Quem possuir tal arma será invencível. Nota: todas elas têm kanjis com seus nomes nos cabos, se regeneram sozinhas e escolhem seus donos. Prova dia...” Tá isso não importa. A sua está escrito Ketsui, que representa a “Determinação”. Quanto mais determinado você estiver, mais forte será sua espada, ou seja, você não pode ter dúvidas ao usá-la.
Olho admirado ao descobrir mais sobre minha espada.
-Que maneiro, ela tem um nome...?! Mas tá... E você como tá?
-Tô bem e você?
Há um minuto de silêncio, trocamos olhares e digo:
-O que você acha?
-Ah claro, respondido. – E começa a sorrir sem graça. Então pergunto:
-E aquela garota, você falou com ela?
-Q-q-q-que garota? - Tsuki fica sem graça e gaguejando.
-Você não falou com ela, né? Você não tem jeito.
-E-e-eu nem gos-os-ostava dela... Aff. E você? Declarou-se pra princesa, né?
-...Não. - Falo baixinho.
-O QUÊ??
-NÃO. –Grito, não consigo nem olhar para a cara do Tsukiko, estou com vergonha de não ter falado com ela. - Vou falar quando salvá-la.
-Ahaaam...
Olho em volta vejo que a casa está toda desarrumada.
-Você não arruma isso nunca não?
-Olha quem fala, se você tivesse casa seria pior.
-Eu tenho e ela é bem arrumada.
-Claro, você não vive lá. Mas voltando a parte importante, a sua espada não tem simplesmente um nome, ela está VIVA.
Por um instante, me vem na cabeça minha infância e fico muito feliz por estar com meus amigos novamente. Tenho vontade de procurar pelo Kushiro e pelo Kuroudo. O endereço do Kushiro eu tenho, acho que ele deve saber onde Kuroudo está. Após o momento nostálgico, lembro-me da espada.
-Agora que você falou... Eu já senti como se ela me dissesse o que fazer... É estranho.
-Agora que eu falei? Eu falei disso há quase dez minutos atrás e você só reparou agora? Você continua igual, hahaha!
-Cala a boca.
-Se você consegue usá-la, ela deve ter te escolhido. O que significa que estão conectados.
-Entendo...
Fiquei em silêncio por uns instantes, depois passamos o resto da tarde falando sobre coisas aleatórias.
À noite, quando Tsukiko já estava no quarto dele e eu deitado no sofá da sala ainda, fiquei pensando na princesa até que Tsukiko entrou no quarto de repente:
-Vamos viajar, aqui tá muito chato. Eu quero novas aventuras. Eu quero uma aventura igual a que você teve. – Os olhos de Tsukiko brilhavam.
-Invejoso... — Zoo com a cara dele.
-Nem sou. Espero também fazer algo melhor na minha vida, e desenvolver minhas magias.
-Tá, então, vamos!
-Tudo que eu preciso é da minha foice e mochila.
-Você fez essa coisa com um cabo de vassoura? – Silêncio por uns momentos, então, ele diz:
-Bom... Isso não importa, eu gosto dela. E você vai levar o que na viagem?
-Só preciso da força da minha espada, e comida, lógico. Se bem que seria melhor sairmos ao amanhecer. Já esta tarde.
-Amanhecer? Tipo... Meio dia?
Há um minuto de silêncio e eu digo:
-Quando eu acordar a gente vai, pode ser?
-Não gostei não.
-Tudo bem, eu te arrasto. – Sorrio para ele – Acho bom você ir logo dormir.
-Boa noite. – Ele vai novamente para o quarto.
Não posso deixar de pensar “como queria que a princesa estivesse aqui comigo”, mas ela não está. E por minha culpa, de ser fraco. Eu preciso ficar forte e não faço ideia de como começar. Porém certamente não ficarei parado, procurarei por adversários mais fortes e os superarei um após o outro até que me sinta preparado o bastante para enfrentar aquele imenso dragão.
Ao dormir, sonho com a princesa. No sonho, estou na torre com ela, é a primeira vez que vejo como era o lugar, antes eu via apenas um fundo totalmente branco, acho que nossa ligação está ficando mais forte. No entanto, não reparo muito em tudo, pois estou de frente para a garota que eu amo e tinha falhado com ela. Sem palavras, sem saber o que dizer e muito nervoso. Ela diz:
-O portal não poderá ser aberto novamente...
-O quê? Como não? - Eu a interrompi.
-Calma Kenshi, ainda não terminei de falar.
-Desculpe. - Me sinto envergonhado por parecer um idiota na frente dela. Ela sorri gentilmente para mim como sempre faz, o que me deixou mais calmo, então ela continua a dizer:
-O portal só é aberto uma vez por ano, no entanto, o dia não é sempre o mesmo. Após o Ano Novo, qualquer dia pode ser o dia que o portal será aberto tome cuidado Kenshi, não quero que se machuque mais. – Os olhos dela mostram o quanto está preocupada. Junto toda a coragem que tenho, respiro fundo e digo:
-Princesa! Estou apaixonado por você. Eu vou salvá-la custe o que custar! Acredite na minha força, eu vou treinar e na próxima vez que o portal abrir, eu estarei lá para te salvar.
Fecho meus olhos após dizer isso, estou muito nervoso, nunca tinha me declarado para uma garota. Bom, claro que ela já devia saber dos meus sentimentos, mas eu realmente não faço idéia se é ou não correspondido. Ouço a voz se afastando:
-Kenshin... Eu...
-ACORDA KEN! VAMOS LOGO! EU ESTOU ANCIOSO DEMAIS, ACORDEI MUITO CEDO!
Não é mais a voz da princesa que eu ouço e sim a de Tsukiko. Tenho vontade de matá-lo, mas estou com dor de cabeça, talvez ainda estou cansado.
Quando percebo, o sol da manhã está em meu rosto e não sei o que ela me responderia. Penso em tentar dormir de novo para falar com ela, mas acho melhor ir logo, talvez se ela pensar sobre isso seja uma boa ideia. Levanto-me, olho para Tsukiko como se quisesse matá-lo e ele diz:
-O que foi Ken? Achei que queria partir cedo, não era?
-SEU IDIOTA! EU ESTAVA TENTANDO ME DECLARAR PARA ELA E VOCÊ ME ACORDOU! — Minha cabeça dói quando grito, talvez por ter acordado mais cedo ou por estar todo dolorido mesmo. Bom, resolvo abaixar o tom de voz.
-Você não ia esperar salvá-la para isso? - Ele me olha como se tivesse dito a primeira coisa que passou na cabeça dele para que eu não descontasse minha raiva nele. Afinal ele não tinha como saber.
-Ok, vamos logo. Bom, primeiro vamos tomar café da manhã, sair sem comer não seria muito legal.
Tsukiko já tinha posto a mesa, comemos e saímos para... Não temos idéia de para onde iríamos, mas saímos andando pela cidade.


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Autor: Augusto Montauriol Machado
Livro sendo escrito e tenho esperança de publicar

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